As empresas desejam escolher bem seus colaboradores, mas também querem ser objeto de desejo. O jovem planeja iniciar uma carreira e seus referenciais são os de cliente. Em sua percepção, grandes marcas vendem produtos e serviços diferenciados com coerência ética. Ele, então, transporta essa imagem positiva para a relação de trabalho: tende a achar que essa empresa é boa empregadora. Afinal, se Kevin Roberts –criador do conceito de lovemark– estiver certo, uma grande marca se infiltra em nossa vida e identidade.

Não há como fechar os olhos à influência da mídia na formação de imagens, mas sabe-se, há muito tempo, que colaboradores satisfeitos têm melhor desempenho e constroem grandes marcas. Esse conceito de marketing é cada vez mais palpável na área de recursos humanos.

Há nove anos, a Cia de Talentos, que integra o Grupo DMRH, investiga o que leva os jovens a desejar trabalhar para as empresas. A pesquisa surgiu quando ela identificou grande lacuna entre o que os jovens desejavam e o que as organizações buscavam e ofereciam por meio de programas para estagiários ou trainees. O estudo A empresa dos sonhos dos jovens, então, vem contribuir para que tal descompasso seja reduzido, fornecendo subsídios para que os gestores compreendam melhor a nova geração de profissionais –a geração Y– e estabeleçam com ela uma relação mais saudável e producente.