Em abril do ano passado, Elon Musk, o carismático CEO da montadora de carros elétricos Tesla Motors, dos Estados Unidos, fez uma declaração retumbante: “Vou tratar aqui de uma transformação fundamental na maneira como o mundo funciona”. Em seguida, ele mostrou uma imagem de chaminés gigantes soltando uma densa fumaça amarela e, sobre ela, projetou a famosa Curva de Keeling, que desde 1958 registra a concentração de dióxido de carbono na atmosfera, a qual já atingiu um patamar alarmante. “Isso é real”, disse, sem disfarçar o sotaque desenvolvido em sua infância na África do Sul.

Os comentários serviram de introdução para o anúncio de uma nova linha de produtos da fábrica de carros elétricos liderada por Musk: superbaterias para armazenar energia em residências e empresas. O objetivo é acumular eletricidade produzida durante o dia por painéis solares para ser usada depois do anoitecer.

Há as baterias Powerwall e Powerpack. A primeira foi desenvolvida para ser instalada nas garagens das residências, vem em cinco cores e tem preço inicial de US$ 3 mil. A segunda, voltada para a indústria, parece um grande transformador e custa por volta de US$ 25 mil. Esses valores correspondem a aproximadamente metade do preço dos produtos oferecidos hoje pela concorrência.