Quando lançou o Global Creativity Index, em 2011, como métrica da economia criativa mundial, o Martin Prosperity Institute surpreendeu pela abordagem (desconstruiu essa economia em tecnologia, talentos e tolerância) e pelos dados revelados. Deixou claro, por exemplo, que os países de economia emergente estão muito atrasados nesse front.

O Brasil teve desempenho especialmente decepcionante: apesar de ser uma marca-país associada ao futebol e ao carnaval, ocupou apenas a 46ª posição do ranking. Segundo o mapeamento da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), em 2013 apenas 2,6% do PIB era gerado pela indústria criativa. Como comparação, em outro país emergente, a Rússia (31º posto no ranking), mais de 6,3% do PIB se deve à economia criativa.

Não se trata apenas dos países; há cidades inteiras definidas pela economia criativa, como Londres, que se especializou em negócios voltados para a arte, design, marketing, entretenimento e cultura de modo geral. No entanto, ainda não se associa uma cidade brasileira a isso. Parece haver uma decisão estratégica a tomar: os brasileiros querem ser pagos para pensar ou não?