Como muitos jovens de 20 e poucos anos, Rodrigo Silva costuma praticar esportes regularmente. No caso dele, a atividade predileta é o jogging – algo que, de tempos em tempos, o obriga a comprar novos tênis. Quando isso acontece, o caminho natural seria visitar uma loja especializada, onde é possível experimentar alguns modelos, certo?

Se estivéssemos nos anos 1990, sim, mas, hoje, Rodrigo provavelmente vai recorrer ao Google. É exatamente isso o que aponta uma recente pesquisa do SPC Brasil: cerca de 90% dos brasileiros pesquisam na internet antes de comprar em lojas físicas. O percurso online é bem claro: sites de comparação de preços e características de produtos (62%), seguidos por ferramentas que mensuram reclamações a respeito de marcas e mercadorias (54%).

Ao chegar à loja, Rodrigo terá conhecido os modelos, a média de preços, o material de fabricação e até o peso dos tênis. Algumas opções já terão sido riscadas da lista, em função do volume de queixas. Esse empoderamento do comprador, trazido pela informação, capacita Rodrigo a perceber se o vendedor entende de fato do assunto e, de quebra, o imuniza das habituais estratégias de indução comercial.