Em 1936, o economista John Maynard Keynes apresentou os fundamentos pelos quais os empresários decidem investir sob incerteza. Para ele, o investimento é sempre uma decisão de composição de portfólio, em que o dinheiro a ser destinado aos bens de capital concorre com aplicações de outras naturezas. Em 1952, Harry Markowitz, seu colega da University of Chicago, lançou sua teoria do portfólio, descrevendo os dois parâmetros-chave de uma carteira: o retorno esperado e a variância (risco). Quando se combinam esses critérios, disse, encontra-se a “curva de fronteira de eficiência” –ou seja, descobrem-se os ativos que oferecem o maior retorno para dado nível de risco.

Em 1964, baseado nas ideias de Markowitz, William Sharpe estruturou o modelo CAPM (sigla em inglês de modelo de precificação de ativos financeiros) para determinar o preço de ativos em mercados de títulos. Segundo ele, os indivíduos só aplicarão em um ativo com risco se o retorno esperado compensar esse risco.

Desdobramento do CAPM, o índice de Sharpe (IS) veio expressar a relação entre o retorno e o risco de um papel. Amplamente utilizado na avaliação de fundos de investimento em títulos, ele se encaixa perfeitamente na curva de fronteira de eficiência de Markowitz. O índice é o resultado de uma razão: