Pular de emprego em emprego vem sendo descrito como a “nova normalidade”. Da geração do milênio, nascida de 1980 para cá, espera-se que assuma entre 15 e 20 posições ao longo da vida profissional. Cada dia que passa, o contrato psicológico que tradicionalmente vincula funcionários e seus empregadores se esgarça mais. Depois de experimentar a dor das demissões em grande escala, um número crescente de profissionais deixa de ostentar a mesma fidelidade que demostrava a sua empresa uma década atrás.

Ao mesmo tempo, a média gerência – a camada de gestão que costuma atuar como elo de comunicação entre a cúpula e a base das organizações – encontra-se bastante desgastada.

Qual o resultado das duas tendências? Os líderes nunca sofreram tanto para conseguir que os colaboradores abracem os programas de mudanças. Em vez de se adaptarem às exigências de uma mudança organizacional, os colaboradores como um todo se mostram mais propensos a resistir passivamente, sabotando o esforço. Ou, então, decidem que a transformação não interessa e vão embora.