Nigel Nicholson, professor da London Business School, procurou encontrar um esquema universal de liderança que transcendesse contextos particulares. “Em meu estudo, fiz uma varredura ampla da história humana e até incluí outras espécies além da nossa, estudando o significado de liderança do ponto de vista biológico –qual a função dos líderes em sistemas biológicos e sociais?”

O resultado é o livro The “I” of Leadership: Strategies for Seeing, Being and Doing (ed. Jossey-Bass), lançado este ano, que está trazendo a metáfora do jazz novamente para o front da gestão. Se Peter Drucker já dizia que as organizações deveriam evoluir para trios de jazz, com capacidade de improviso, em vez de serem orquestras, cujos músicos seguem partituras e obedecem a um maestro todo-poderoso, Nicholson propõe um recorte: ele quer que especificamente os modelos de liderança se inspirem nos líderes das bandas de jazz.

Nicholson utiliza, porém, outra metáfora para explicar como são esses modelos de liderança jazzísticos: os líderes empresariais devem ser, a um só tempo, coronéis e camaleões. Precisam transformar o mundo (como coronéis) e deixar-se transformar (camaleões), como, em uma banda de jazz, o líder é modificado pelas performances improvisadas dos músicos individuais e também os modifica para que saia um som harmonioso.