“Em apenas 15 anos, a internet mudou a maneira como trabalhamos, compramos, nos comunicamos e pensamos. O conhecimento, que costumava estar disponível apenas para uma elite, em obras como a Enciclopédia Britânica, hoje é abundante e gratuito”, afirma Vivek Wadhwa, vice-presidente de assuntos acadêmicos e inovação da Singularity University.

Que as tecnologias da informação apresentam um crescimento exponencial ninguém duvida, mas, segundo o especialista, não constituem a única área em que se observam enormes progressos. Os avanços acontecem também em campos como a genética, a inteligência artificial (IA), a robótica e a medicina. O custo do sequenciamento do genoma, por exemplo, está caindo a um ritmo vertiginoso, explica Wadhwa. Nos próximos anos, a informação do genoma estará disponível para milhões de pes­soas, o que permitirá descobrir a correlação entre as doenças e o DNA e prescrever tratamentos médicos personalizados.

Além disso, nas próximas décadas, as tecnologias exponenciais estarão em condições, com a ajuda de investidores, de transformar a energia, os alimentos e a água em recursos abundantes para a humanidade. Nesse processo, ao fator tecnológico se soma outro, crucial: o humano —cientistas, inventores, empreendedores que, com sua vontade e capital e fora da órbita corporativa e governamental, se esforçam todos os dias para levar ao mercado produtos e serviços que melhorem a qualidade de vida das pessoas. Em seu livro Abundância (ed. HSM Editora), Peter Diamandis fala sobre eles e lhes atribui papel revolucionário (veja sua entrevista exclusiva neste Dossiê).