O significado da palavra “complexidade” deriva do conceito de trama, de tecido relacional. Diz o sociólogo Niklas Luhman que a complexidade é um contexto de opções. Algumas das características desse contexto? A mudança rápida e inesperada; a instabilidade dos equilíbrios; a impossibilidade de saber o futuro; os novos participantes, que adotam um protagonismo inesperado; a insuficiência dos focos tradicionais para abordar os problemas.

A caracterização da complexidade vem das ciências exatas e biológicas, mas já ganhou um lugar por direito no âmbito dos estudos sobre o homem e a sociedade, as ciências humanas. Reconhecendo essa origem estrangeira do fenômeno, é possível distinguir duas dimensões da nova paisagem da realidade da gestão, as quais poderíamos pensar em analogia com a física:

• À primeira dimensão cabe o nome de “clássica”, em consonância com a física newtoniana. Nela a realidade é um plano no qual, com verdadeiro grau de previsão, encontramos superfícies estáveis. Aborda um universo mais “ordenado”, com equilíbrios que conseguem alguma estabilidade relativa. É a seara dos números.