A propriedade de uma empresa familiar não deve ser considerada um direito de herança, mas um trabalho, e os membros de uma família precisam atender a um mínimo de exigências para ser aceitos como proprietários, exatamente como os funcionários têm de demonstrar certas qualificações para trabalhar ali. Isso porque as motivações e a união dos donos de uma empresa –qualquer que seja– fazem uma diferença enorme no desempenho dela em longo prazo.

Se os proprietários estão unidos em seu apoio a uma gestão focada, agressiva, de qualidade e com visão de longo prazo, e só obtêm benefícios sustentáveis da empresa, ela terá uma chance muito maior de sucesso. Caso encontrem conflito quanto à missão ou à gestão, ou drenem recursos necessários à empresa, ela estará em território instável.

No mínimo, a falta de apoio dos proprietários é um desperdício de tempo, atenção e motivação da gestão e pode retardar, interromper e até reverter o momentum de uma empresa. Nos piores casos, o incômodo causado pelo acionista destrói a companhia.