O Natal está batendo à porta. É nessa época do ano que os varejistas começam a fazer cotações de preços para rechear as cestas natalinas fornecidas aos funcionários. Com a crise e a alta dos preços dos alimentos, entretanto, alguns estão optando por deixar o benefício de lado. Segundo pesquisa realizada pela UIB Benefícios, a maioria das empresas de prestação de serviço e da área de finanças, por exemplo, deixaram de fornecer, nos últimos anos, a tradicional cesta de Natal.

Para compensar, essas empresas oferecem - de acordo com seu perfil e verba - desde festa de confraternização para toda a empresa, até prêmios em dinheiro ou jantares e viagens para os destaques do ano.

A mudança, além de ter relação com a alta dos preços dos alimentos, envolve a transformação das empresas e dos funcionários. A tradição das cestas de Natal é de meados da década de 1960, quando a maioria dos funcionários conhecia diretamente o dono do negócio e as entregas eram feitas em mãos. Isso gerava uma ligação afetiva entre “chefes” e colaboradores, que era vista quase como um ritual indispensável de despedida para as festas de fim de ano. Com o tempo, além de muitas companhias terem crescido e o contato com o dono nem sempre ser tão próximo, as entregas passaram a ser mais impessoais, feitas por empresas terceirizadas.