Guerras, guerrilhas e corrupção deram à África má reputação ao longo da história, mas essa percepção está mudando, à medida que seus países se tornam mais democráticos e implantam as reformas necessárias. “A África é a última fronteira”, proclama o sudanês Mo Ibrahim, presidente da fundação que leva seu nome e da Satya Capital, empresa de investimentos com foco nesse continente.

Em 2011, o crescimento médio de muitos países africanos esteve em torno de 6%, e espera-se que sete deles, entre os quais Etiópia, Moçambique e Nigéria, estejam entre os dez com economia de crescimento mais rápido do mundo em 2015. Segundo a Ernst & Young, o índice de investimento estrangeiro direto (IED) na África aumentou 27% em 2011, ainda que esse continente tenha atraído apenas 2,8% do IED total.

Esses números estão fazendo com que diversas organizações ligadas a negócios, como o Insead e a firma de consultoria McKinsey, dediquem-se a estudá-lo mais a fundo –e o empresariado brasileiro, que inclui empresas fortemente ligadas à Áfricaportuguesa, como a Odebrecht, também deve ficar atento às novas oportunidades. E os principais desafios são três.