Quando a Ambev, empresa tida como modelo de gestão no Brasil, promoveu sua primeira hackaton, em novembro passado, mandou um sinal para o meio empresarial brasileiro: a última moda em gestão talvez não seja só moda.

Essa maratona de 24 horas ininterruptas de desafios de negócios a serem solucionados tem sido um caminho para organizações tradicionais estabelecerem contato com jovens empreendedores e suas startups. No caso da Ambev, as cem pessoas reunidas em um bar no bairro paulistano do Itaim Bibi enfrentaram três categorias de desafios: desenvolvimento e programação de software, design de experiência do usuário e interface (UX e UI), negócios e marketing.

Oficialmente, uma hackaton tem como ambição a inovação nos negócios da empresa estabelecida por meio de parcerias. Isso costuma ser questionado no mercado, contudo; nem sempre a empresa estabelecida está realmente aberta a parcerias, o que inclui estar disposta a dar ao parceiro a liberdade necessária para criar. Para os críticos, uma hackaton pode ser só uma tentativa de a área de inovação mostrar serviço ou de uma empresa querer construir uma reputação de inovadora.