Sinopse: Os grandes avanços da empresa norte-americana em bioengenharia –e seus planos de produzir biocombustíveis da cana-de-açúcar do Brasil– prometiam transformar o modo como o mundo produz energia, cosméticos e remédios, só que a realidade (e Wall Street) se colocou no caminho, como mostra esta reportagem. agora tudo depende da fábrica brasileira
Sob o céu azul e limpo de Campinas, no interior de São Paulo, está a fábrica que pode –ou não– realizar o sonho de um combustível alternativo ao petróleo feito de cana-de-açúcar, porém muito mais poderoso do que o álcool. Erguida em parceria com a Paraíso Bioenergia, essa unidade brasileira da norte-americana Amyris é atualmente a principal esperança do projeto.
Ali se veem densos canaviais estendendo-se no horizonte e, na parte mais alta da instalação, enormes tanques de aço inox. É dentro deles que atua a grande inovação da Amyris: uma levedura.
Não se trata de uma levedura qualquer. Ela foi geneticamente modificada para hospedar um conjunto de instruções de DNA –os cientistas chamam esse organismo de chassi, como se fosse uma plataforma esperando por um motor. Com esse conjunto, os técnicos “lhe dizem” como digerir determinado alimento.