Por mais de três décadas protagonista da história da General Motors (primeiro como CEO e presidente, e depois à frente do conselho de administração), Alfred Sloan foi, na verdade, o primeiro homem-organização. Ele se tornou o arquétipo do “executivo profissional”, sempre disposto a colocar os interesses do negócio na frente dos pessoais, implementando medidas simples, mas eficientes, que resgataram a empresa da crise pela qual passava no início da década de 1920 até transformá-la em uma das maiores corporações do mundo.

Seu estilo de liderança era muito diferente do dos carismáticos William Durant, fundador da GM, e Henry Ford, rival histórico da companhia, mas, mesmo discreto, Sloan soube diferenciar entre as pessoas que só criavam empresas e aquelas que eram capazes de fazê-las crescer e perdurar no tempo.

Compreendeu que o marketing era uma peça fundamental para a administração empresarial e reduziu para apenas cinco o grande leque de marcas da GM (Chevrolet, Pontiac, Buick, Oldsmobile e Cadillac), que segmentavam o mercado de acordo com o poder aquisitivo e a faixa etária, seguindo a filosofia “um carro para cada bolso e para cada necessidade”. Desse modo, além de evitar que as marcas que formavam a família GM competissem entre si, também ofereceu aos usuários um produto para cada etapa de sua vida.