Nas últimas décadas, as companhias de atuação global sistematicamente venceram as locais, em especial nos mercados emergentes. Uma das provas disso é o desempenho de duas concorrentes diretas: a receita da Volkswagen, global, cresceu em média 10,5%, e a da Peugeot, bem mais local, 2,5%.

Muitos acreditam, porém, que, com o recuo de emergentes como o Brasil, o movimento global arrefeceu. Segundo o Boston Consulting Group, não. Somente começou uma etapa nova e mais complexa da globalização , de acordo com a publicação Perspectives, do BCG.

Conforme os consultores Hans-Paul Bürkner, Arindam Bhattacharya e Jorge Becerra escrevem, os mercados emergentes continuarão a ser a principal fonte de crescimento de todas as empresas, por conta de suas tendências demográficas e de classe média emergente, e uma nova geração de companhias globais aparecerá para desafiar as estabelecidas.