A desconfiança, a autopreservação e os vícios do poder são barreiras da inovação do sistema político brasileiro, mas novas organizações buscam hackear tudo isso
Desde as manifestações de junho de 2013, a democracia brasileira vive em ebulição, passando pelas eleições de 2014 até os movimentos ocorridos em março e abril, quando milhões de brasileiros se mobilizaram em protestos contra a corrupção país afora.
Esse despertar é um marco em nossa ainda nascente trajetória democrática e cidadã. Não pretendo analisar as motivações das recentes manifestações, posto que são diversas, nem todas consistentes e algumas eivadas de agressividade, vitimizações e rótulos que pouco (ou nada) contribuem para sua desafiadora compreensão.
Mas, em meio à profusão de explicações, dois sentimentos chamam a atenção: a desconexão entre governo e sociedade e a exaustão das lideranças e estruturas políticas.