Você está preparado? Carlos Arthur Nuzman, responsável pela realização da Olimpíada no Rio de Janeiro em 2016, está preparando... o que virá. Ele analisa suas duas agendas, conta como começam a ser executadas e discute expectativas
O Brasil já deve muito de sua identidade mundial a um esporte –o futebol de Pelé–, mas isso deve tomar outras proporções na década que se inicia, em que sediaremos os dois principais eventos esportivos do planeta: a Copa do Mundo, em 2014, e a Olimpíada, em 2016. O grande receio, no entanto, é se estaremos preparados para o desafio.
O advogado Carlos Arthur Nuzman, que acumula a presidência do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016, será um dos maiores responsáveis pela estratégia brasileira, do planejamento à execução. Ele gerenciará uma equipe direta, ad hoc, de 5 mil pessoas, incluindo voluntários, e coordenará redes envolvendo de federações esportivas e atletas aos governos das três instâncias (federal, estadual e municipal) e ao setor empresarial privado, sob o olhar atento de uma imprensa crítica. Isso tudo, em cerca de 2 mil dias. É um dos maiores testes de gestão de que se tem notícia, não? E, no mínimo, proporcionará um enorme aprendizado.
Em entrevista exclusiva a HSM Management, Nuzman garante o profissionalismo e apresenta suas metas. As do comitê organizador, em sua primeira versão, estão disponíveis no site (rio2016.org.br); as datas e planos de ação estarão detalhados até meados de 2011. As do COB foram recém-anunciadas; o objetivo maior é ficar entre os dez primeiros colocados e três medidas servirão a isso: 1) aumentar o número de medalhas nos esportes em que o Brasil já sobe ao pódio (vôlei, basquete, futebol, atletismo, natação, judô, vela, hipismo); 2) focar, como carro-chefe, um esporte que possa conquistar algo perto de sete pódios, como ocorre com a Austrália na natação; 3) ampliar o número de modalidades em que o Brasil suba ao pódigo –entre as mais promissoras estão a ginástica e o boxe. A seguir, Nuzman afirma que a transformação do Rio de Janeiro –e do Brasil–, como já aconteceu em outras sedes na história, é o maior objetivo de nossa Olimpíada e conta que o alinhamento da equipe é um de nossos pontos fortes. Mas ele também questiona as métricas de sucesso utilizadas.
Co-Fundador da HSM