Em agosto do ano passado, analistas militares dos Estados Unidos apareceram na imprensa anunciando que as mudanças climáticas passaram a ameaçar a segurança do país. Mesmo com o tom calmo usual, os oficiais se mostraram alarmados diante das consequências ameaçadoras, como o aumento do nível do mar e o derretimento das geleiras. Algumas bases militares, por exemplo, podem ficar submersas e outras atingidas por tempestades cada vez mais fortes.

Mais ameaçadores, entretanto, seriam os efeitos secundários: seca, falta de alimentos, migrações em massa, pandemias e instabilidade política. Qualquer um desses eventos poderia demandar uma resposta humanitária ou mesmo intervenção militar, o que implicaria o envolvimento das Forças Armadas norte-americanas.

As afirmações tiveram ampla repercussão no país, motivando discussões centradas em preocupações militares e de políticas públicas. No entanto, o tema deveria interessar da mesma forma os executivos de negócios e líderes empresariais, por duas razões distintas.