“Não acredito que a realidade virtual seja um nicho de mercado. Ela tem algumas aplicações bem interessantes.” Essa frase sucinta, proferida pelo CEO da Apple, Tim Cook, em uma reunião de acionistas, era o que bastava. Os analistas de mercado dos Estados Unidos batizaram 2016 como “o ano da realidade virtual”.

Já não era sem tempo. Nos últimos 30 anos, toda vez que algum especialista no campo era questionado obre quando a RV seria popularizada, a resposta era invariavelmente “no ano que vem”. Falsos começos, tentativas erradas e pedras no caminho sempre emperraram a adoção dessa tecnologia promissora e empolgante, mas que nunca conseguiu sair do “nicho” dos laboratórios e eventos.

Isso começou a mudar em 2012, com uma empresa chamada Oculus, fundada por um engenheiro entusiasta da RV, Palmer Luckey. Seu protótipo do equipamento Oculus Rift conseguiu arrecadar mais de US$ 1 milhão no site de crowdfunding Kickstarter em menos de dois dias. Dois anos depois, a empresa era comprada pelo Facebook por US$ 2 bilhões.